Christianity
Sinais dos Tempos
January 20, 2013
Nos passados dias 18 e 19 de Janeiro ocorreu aquilo a que os meteorológicos chamaram de ciclogénese explosiva.
Em linguagem do povo, eu chamaria aquilo que tempestade tropical, grande vendaval que pairou sobre o nosso país, lançando alerta laranja por todo ele, e alerta vermelho em diversas cidades, especialmente as da costa.
Uma vez que eu estava numa delas, Aveiro, tive a oportunidade de ver em primeiro plano e em tempo real o quão assustadora pode se tornar a natureza, e o quanto ela nos faz perceber que nós não somos nada, perante a sua grandiosa força.
A Madelein disse algo que realmente me fez pensar...
Naqueles dias era muito difícil dormir. Acordava variadas vezes durante a noite, ouvia-se imenso barulho lá fora, estoros a bater, barulho violento do vendo, árvores a abanar e objetos a cair, outras vezes a voar.
A imagem na cidade era horrível: assistia-mos a placares de indicação para carros caídos no chão, árvores caídas a cortar a estrada, pomares completamente derrubados pela força do vento, telhados que levantavam e chaminés que caíam, decorações de jardim que voavam e caixotes do lixo que andavam sozinhos pelo meio da rua.
A situação lá fora era um caus, e dentro de casa muitas pessoas tinham que atuar para evitar que as suas casas se tornassem num oceano, limpar aqui e ali, escoar toda a água que entrava, e tentar tapar os buracos todos que pudessem aparecer.
As pessoas que trabalhavam na electricidade e em reparações tinham o seu telemóvel a tocar a toda a hora, e para além das suas casas e dos familiares, já tinham a lista tão preenchida que poderiam demorar dias até poderem ajudar os últimos contactos que ainda lhes ligavam a pedir ajuda.
Naquele dia as pessoas saíam à rua para roubar madeira que caía de propriedades de outras pessoas, e atrapalhavam o trabalho da polícia que, já não bastava andar de um lado para os outros como os bombeiros para ajudar em tantos pedidos, ainda tinham de ter agora a preocupação de tratar do sucedido.
Aglomerado a isso, haviam pessoas demasiado relaxadas que saíam à rua para tirar fotografias e filmar a situação que espalhava o terror pelas ruas.
Mas a maior parte das pessoas não se atrevia a sair de casa, alguns porque não podiam - a situação em casa estava demasiado agreste -, outros porque mesmo que as suas novas casas e fortes ainda se aguentassem e os protegesse, eles não queriam de forma nenhuma sair lá para fora e se habilitarem a ficar debaixo de algo ou a voar como as telhas de casa.
Naquele dia pensei muito nas pessoas que nem teto tinham. Onde elas estariam? Teriam elas sobrevivido aquele vendaval todo?
Lembrei-me que eu estava tão atemorizada com aquela situação e estava dentro de um local onde me abrigava tão bem, então o que seria dessas pessoas? :o
O caus foi espalhado pelo país todo.
Imensas pessoas ficaram sem luz durante dias, alguns semanas, sem televisão, telefone ou internet.
Nos telejornais não se falava de outra coisa se não da dita ciclogénese explosiva, e mostravam-se vídeos de amadores que quiseram sair de sua casa para contribuir para o noticiário com as suas gravações.
Agora voltando ao que disse inicialmente, enquanto estávamos nós a descansar na sala depois do culto e depois de ela ter ficado empestada de fumo pelo sucedido na lareira, a Madelein chegou e lembrou-nos: se agora é assim, e nós ficamos tão atemorizados, como será no fim dos tempos? Estaremos nós realmente preparados para o que aí vem?
De facto, naquele momento eu parei um pouco para pensar e realmente caí em mim.
De forma nenhuma naquele momento eu me via preparada para o pior que ainda está por vir!
Ainda que saibamos de facto o que vai acontecer, muitas vezes tapamos os olhos à luz que Deus deixou para nós. Se há coisa pela qual nós precisamos urgentemente de orar é pelos tempos do fim, que cada vez mais acreditamos que não estão muito distantes.
Não sabemos se nessa altura ainda estaremos por cá, mas precisamos de nos preparar a todos os níveis e, acima de tudo, ter a certeza de que Deus nos protegerá ativamente quando vierem esses tempos e tribulações.
Que possamos orar muito, mas mesmo muito por essas alturas!
Em linguagem do povo, eu chamaria aquilo que tempestade tropical, grande vendaval que pairou sobre o nosso país, lançando alerta laranja por todo ele, e alerta vermelho em diversas cidades, especialmente as da costa.
Uma vez que eu estava numa delas, Aveiro, tive a oportunidade de ver em primeiro plano e em tempo real o quão assustadora pode se tornar a natureza, e o quanto ela nos faz perceber que nós não somos nada, perante a sua grandiosa força.
A Madelein disse algo que realmente me fez pensar...
Naqueles dias era muito difícil dormir. Acordava variadas vezes durante a noite, ouvia-se imenso barulho lá fora, estoros a bater, barulho violento do vendo, árvores a abanar e objetos a cair, outras vezes a voar.
A imagem na cidade era horrível: assistia-mos a placares de indicação para carros caídos no chão, árvores caídas a cortar a estrada, pomares completamente derrubados pela força do vento, telhados que levantavam e chaminés que caíam, decorações de jardim que voavam e caixotes do lixo que andavam sozinhos pelo meio da rua.
A situação lá fora era um caus, e dentro de casa muitas pessoas tinham que atuar para evitar que as suas casas se tornassem num oceano, limpar aqui e ali, escoar toda a água que entrava, e tentar tapar os buracos todos que pudessem aparecer.
As pessoas que trabalhavam na electricidade e em reparações tinham o seu telemóvel a tocar a toda a hora, e para além das suas casas e dos familiares, já tinham a lista tão preenchida que poderiam demorar dias até poderem ajudar os últimos contactos que ainda lhes ligavam a pedir ajuda.
Naquele dia as pessoas saíam à rua para roubar madeira que caía de propriedades de outras pessoas, e atrapalhavam o trabalho da polícia que, já não bastava andar de um lado para os outros como os bombeiros para ajudar em tantos pedidos, ainda tinham de ter agora a preocupação de tratar do sucedido.
Aglomerado a isso, haviam pessoas demasiado relaxadas que saíam à rua para tirar fotografias e filmar a situação que espalhava o terror pelas ruas.
Mas a maior parte das pessoas não se atrevia a sair de casa, alguns porque não podiam - a situação em casa estava demasiado agreste -, outros porque mesmo que as suas novas casas e fortes ainda se aguentassem e os protegesse, eles não queriam de forma nenhuma sair lá para fora e se habilitarem a ficar debaixo de algo ou a voar como as telhas de casa.
Naquele dia pensei muito nas pessoas que nem teto tinham. Onde elas estariam? Teriam elas sobrevivido aquele vendaval todo?
Lembrei-me que eu estava tão atemorizada com aquela situação e estava dentro de um local onde me abrigava tão bem, então o que seria dessas pessoas? :o
O caus foi espalhado pelo país todo.
Imensas pessoas ficaram sem luz durante dias, alguns semanas, sem televisão, telefone ou internet.
Nos telejornais não se falava de outra coisa se não da dita ciclogénese explosiva, e mostravam-se vídeos de amadores que quiseram sair de sua casa para contribuir para o noticiário com as suas gravações.
Agora voltando ao que disse inicialmente, enquanto estávamos nós a descansar na sala depois do culto e depois de ela ter ficado empestada de fumo pelo sucedido na lareira, a Madelein chegou e lembrou-nos: se agora é assim, e nós ficamos tão atemorizados, como será no fim dos tempos? Estaremos nós realmente preparados para o que aí vem?
De facto, naquele momento eu parei um pouco para pensar e realmente caí em mim.
De forma nenhuma naquele momento eu me via preparada para o pior que ainda está por vir!
Ainda que saibamos de facto o que vai acontecer, muitas vezes tapamos os olhos à luz que Deus deixou para nós. Se há coisa pela qual nós precisamos urgentemente de orar é pelos tempos do fim, que cada vez mais acreditamos que não estão muito distantes.
Não sabemos se nessa altura ainda estaremos por cá, mas precisamos de nos preparar a todos os níveis e, acima de tudo, ter a certeza de que Deus nos protegerá ativamente quando vierem esses tempos e tribulações.
Que possamos orar muito, mas mesmo muito por essas alturas!
"Hoje foi apenas um vislumbre do que ainda está por vir", pensei.
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