Desde que eu pense que agora deve ser altura de acalmar, parece que tudo corre do avesso. Por isso mesmo, cansada de haver julgamentos incorrectos à custa de coisas que ou não são nada, ou não existem (resumidamente, à custa de nada), mas que, para além de deixarem uma imagem errada das pessoas, ainda nos fazem pensar e se for preciso sofrer um bocado, decidi que a partir de agora, vou buscar novamente o meu contrato de viuvez durante mais uns mezinhos.
Estou cansada das coisas que não são nada e que fazem pensar que são, das coisas que pensam que podem ser alguma coisa e eu farta de dizer que não.
Quero férias de tudo, tudinho. Se não é para ser, não é mesmo, e por essa mesma razão, acho que está na hora de começar a amainar as coisas durante um tempinho.


E espero sinceramente que, quando decidir voltar a quebrar o contrato (não falta assim muito), que não me torne egoísta, obsessiva, irresponsável, cola e cega como eu vejo pessoas a se tornarem. Quero manter a minha vida, e não mudar praticamente nada. Se há coisa que eu gostaria de ter são os que se mantêm a verdadeira amizade, e não espantam os que os rodeiam pelas formas mais óbvias. Nem quero partilhar de mais o que se passa, como vejo gente a fazer. Há coisas que eu acho que se devem guardar bem lá no fundinho, evitar divulgá-las ou atirá-las ao céu para ver se fazem brilharete como fogos de artifício. Aniway, quero-me manter a mesma, sem grande mudanças, a não ser mudanças ao nível do sorriso, do modo de ver a vida, e do coração.


É que hás vezes não há nada, depois há tudo. E o tudo, também cansa.
O contrato vai ter uma única exclusividade, porque essa, eu sei que nunca vai ter alguma coisa. Por isso mesmo, é uma forma de entreter o contratante, e não tomar nenhuma medida drástica.
Será que agora dá para me compreender e ajudar a passar ao nada?